A FLOR JAPONESA - VIVENDO COM ESTILO JAPONÊS
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- Shimatani Iki
- Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
- No meu blog você vai descobrir, realmente coisas sobre mim....
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Sejam bem vindos ao novo blog da autoria do Blog do Shimatani Iki. Japanese Flower. Flor Japonesa - Estilo Japonês, aqui você encontra os melhores posts, estilos, textos, curiosidade e linguagem sobre a cultura japonesa... Forma escrita, fala e lida, todas as informações sobre estilos moda e diversão... Boa leitura.
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Máscara é um objeto com que se dissimula o rosto, a cabeça ou, mais raramente, o corpo, e que se confecciona com materiais como barro, pedra, palha, papel, pano, metal, madeira etc.
Mostram-se de importância excepcional as máscaras do teatro japonês e javanês clássicos, impregnadas de significados mágicos de origem remota.
No teatro nô japonês, os caracteres dos personagens, isto é, suas máscaras, são mais importantes que o recitativo, embora nesse caso o texto tenha grande importância. A máscara nô é parte integrante da evocação e tradução de diversos caracteres e empresta formas inalteráveis aos sentimentos e às emoções.
Este é o tipo que retrata encarnações de espíritos e pessoas mortas. Eles incluem fantasmas do sexo masculino como Ayakashi, Yase-otoko e Ikkaku-sennin, e femininos como Yamanba e Deigan. Geralmente representam a vingança, esses espíritos são venerados como Deus, sob a crença de que, quando uma pessoa morre, a alma se torna um Deus. É Normal vermos tatuagens orientais com máscaras vejam oque elas significam:
Trata-se de uma virtude atribuída a Buda: A Sabedoria. Existe até uma oração, a Hannya Shingô. Como amuleto, funciona espantando maus espíritos.
Foi criada na era Kamakura (1192-1333) no qual muitas máscaras foram criadas. Ele tem uma primitiva, desequilibrada e antiquada face plana faltando elaboração, ao mesmo tempo, a Hannya normal tem uma forma triangular com extrema sofisticação. Diz-se que esta mascara foi a origem de Hannya.
Yamanba (山姥)
Ryō-no-onna é um tipo de máscara que retrata uma mulher com ciúme e rancor, que não poderia ir ao Nirvana e se tornou um fantasma. Yase-onna é uma das variações do Ryō-no-onna. Yase-onna tem um olhar humano, com os olhos vagos e bochechas ocas salientando a fraqueza da mulher e à miséria.
A máscara é usada para o fantasma de um comandante militar que morreu com um forte rancor. É considerada uma obra-prima, uma vez que descreve tanto a dignidade quanto seu coração. Ele tem olhos oblíquos de anéis de metal brilhante, significando que o personagem tem um caráter e uma forte vontade contra este mundo.
Yase-otoko (痩男)
Haikai (em japonês: 俳句 Haiku ou Haicai) é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Os poemas têm três linhas, contendo na primeira e na última cinco caracteres japoneses (totalizando sempre cinco sílabas), e sete caracteres na segunda linha (sete sílabas).
Junco ressequido –
Gelado ao sol da manhã
O vulto do peixe.
Em japonês, haiku são tradicionalmente impressos em uma única linha vertical, enquanto haiku em Língua Portuguesa geralmente aparecem em três linhas, em paralelo. Muitas vezes, há uma pintura a acompanhar o haicai (ela é chamada de haiga). "Haijin" é o nome que se dá aos escritores desse tipo de poema, e principal haijin (ou haicaísta), dentre os muitos que destacaram-se nessa arte, foi Matsuô Bashô (1644-1694), que se dedicou a fazer do haikai uma prática espiritual.
Segundo Mr.Hoigays (1988), o primeiro autor brasileiro de Haicai foi Afrânio Peixoto, em 1919, através de seu livro Trovas Populares Brasileiras, onde prefaciou suas impressões a respeito do poema japonês:
“Os japoneses possuem uma forma elementar de arte, mais simples ainda que a nossa trova popular: é o haikai, palavra que nós ocidentais não sabemos traduzir senão com ênfase, é o epigrama lírico. São tercetos breves, versos de cinco, sete e cinco pés, ao todo dezessete sílabas. Nesses moldes vazam, entretanto, emoções, imagens, comparações, sugestões, suspiros, desejos, sonhos... de encanto intraduzível”.
Quem o popularizou, porém, foi Guilherme de Almeida, com sua própria interpretação da rígida estrutura de métrica, rimas e título. No esquema proposto por Almeida, o primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo verso possui uma rima interna (A 2ª sílaba rima com a 7ª sílaba). A forma de haikai de Guilherme de Almeida ainda tem muitos praticantes no Brasil.
Outra corrente do haikai brasileiro é a tradicionalista, promovida inicialmente por imigrantes ou descendentes de imigrantes japoneses, como H. Masuda Goga e Teruko Oda. Esta corrente define haikai como um poema escrito em linguagem simples, sem rima, estruturado em três versos que somem dezessete sílabas poéticas; cinco sílabas no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro. Além disso, o haikai tradicional deve conter sempre uma kigo. Estas são palavras ou frases, utilizadas na poesia japonesa, que têm uma associação com uma estação do ano. (Ex.: "sakura", "flor de cerejeira", é associada à Primavera).
Como fonte nipônica do ainda haiku, em sua forma original, GOGA atribui aos imigrantes japoneses, que começa com a chegada do navio Kasato Maru ao porto de Santos em 18 de junho de 1908. Nele estava Shuhei Uetsuka (1876-1935), um bom poeta de haiku, conhecido como Hyôkotsu. Consta ter sido a sua primeira produção, momentos antes de chegar ao porto de Santos, o seguinte haiku:
A nau imigrante
chegando: vê-se lá do alto
a cascata seca.
Foi na década de 1930 que aconteceu o intercâmbio e difusão do haiku entre haicaístas japoneses e brasileiros, constituindo-se, assim, outro caminho do haikai no Brasil. Foi naquela década também que apareceu a mais antiga coletânea de haikais chamada simplesmente Haikais, de Siqueira Júnior, publicada em 1933. Guilherme de Almeida, no ano anterior, havia publicado Poesia Vária, mas o livro não era exclusivamente de haikais. Fanny Luíza Dupré foi a primeira mulher a publicar um livro de haikais, em fevereiro de 1949, intitulado Pétalas ao Vento – Haicais. As rotas do haikai no Brasil podem ser resumidas cronologicamente da seguinte forma:
Em 1879, através do livro Da França ao Japão, de Francisco Antônio Almeida.
Em 1908, através da chegada dos imigrantes japoneses ao porto de Santos.
Em 1919, através do livro Trovas Populares Brasileiras de Afrânio Peixoto.
Em 1926, através do cultivo e difusão do haiku dentro da colônia por Keiseki e Nenpuku.
Na década de 1930, através do intercâmbio entre haicaístas japoneses e brasileiros, principalmente pelo próprio H. Masuda Goga.
Com a ambientação e a difusão do haiku em língua portuguesa, algumas correntes de opinião sobre este se formaram:
A corrente dos defensores do conteúdo do haiku;
A corrente dos que atribuem importância à forma;
A corrente dos admiradores da importância do kigo.
Os defensores do conteúdo do haiku são aqueles que consideram algumas características do poema peculiares, como a concisão, a condensação, a intuição e a emoção, que estão ligadas ao zen-budismo. Oldegar Vieira é um haicaísta que aderiu a essa corrente.
Os que consideram a forma (teikei) a mais importante seguem a regra das 17 sílabas poéticas (5-7-5). Guilherme de Almeida não só aderiu a essa corrente como criou uma forma peculiar de compor os seus poemas chamados de haikais “guilherminos”. Abaixo, a explicação da forma conforme o gráfico que o próprio Guilherme elaborou:
_______________ X
___ O ______________ O
_______________ X
Além de rimar o primeiro verso com o terceiro e a segunda sílaba com a sétima do segundo verso, Guilherme dava título aos seus haikais. Exemplo (GOGA, 1988, p. 49):
Histórias de algumas vidas
Noite. Um silvo no ar,
Ninguém na estação. E o trem
passa sem parar.
Os admiradores da importância do kigo respeitam em seus haikais o termo ou palavra que indique a estação do ano. Jorge Fonseca Júnior é um deles. Apesar de existirem essas distinções retratadas aqui como correntes, nomes como os de Afrânio Peixoto, Millôr Fernandes, Guilherme de Almeida, Waldomiro Siqueira Júnior, Jorge Fonseca Júnior, José Maurício Mazzucco, Wenceslau de Moraes, Oldegar Vieira, Abel Pereira e Fanny Luíza Dupré são importantes na história do haikai no Brasil.
Uma flor que cai -
Ao vê-la tornar ao galho,
Uma borboleta!
Infelizmente, nesse emaranhado de boas intenções, críticas e dúvidas, o plágio ou a cópia total de idéias pode realmente estar presente. Pode ser que uma secreta desconfiança tome conta de nós e que casualidades não nos convençam de imediato, a não ser quando é o nosso haicai que foi escrito por outro autor.
Fonte de Estudo: Wikipédia
No kabuki, como em alguns outros gêneros de artes cênicas japonesas, as trocas de cenário são feitas no meio da cena, com os atores no palco e as cortinas abertas. Contra-regras correm pelo palco colocando e tirando as peças de cenário; esses contra-regras, conhecidos como kuroko, vestem-se sempre de preto e são tradicionalmente considerados “invisíveis”.
Há três categorias principais de peças kabuki: jidai-mono (peças “históricas” ou anteriores ao período Sengoku) , sewa-mono (“domésticas” ou pós-Sengoku) e shosagoto (peças de dança). São características importantes do kabuki: Os mie e a maquiagem. Os mie são poses pitorescas que o ator sustenta para compor seu personagem. Mie significa ‘aparência’ ou ‘visível’, em japonês. É um momento em que o ator pára congelado numa pose. O propósito é expressar o auge das emoções de um personagem. Os olhos do ator se abrem o máximo possível; se o personagem tiver que parecer agitado ou nervoso o ator chega a ficar zarolho. A maquiagem (ou keshô) é um elemento do estilo facilmente reconhecível, mesmo por quem não está familiarizado com esta forma de arte. O pó-de-arroz é usado para criar a base branca oshiroi. O kumadori acentua ou exagera as linhas faciais para produzir as máscaras dramáticas usadas pelos atores, de expressões sobrenaturais ou animalescas.
Lindas flores são tanto uma parte da cultura do Japão, nem sei por onde começar. Talvez eu só vou colocá-los nesta página e deixá-lo vê-los por si mesmo. Esta é apenas uma pequena fração das fotos que eu fiz exame de flores japonês, e que é apenas uma pequena fração das belas flores que você pode ver no Japão.
A mais famosa de todas as flores japonês teria que ser a "sakura" em japonês ou "flor de cerejeira" em português. Ele passou a simbolizar o próprio país. Sua beleza e sua breve floração, no auge da primavera veio para simbolizar a natureza da vida humana. Tenho apenas duas fotos para esta página, em parte porque as flores de cerejeira são um clichê exagerado, mas em parte porque eles parecem atrair bêbados barulhentos maneira outras flores atraem insetos. Divirta-se!
Eu tenho que confessar que minha preferência é para as flores de ameixa. Eles florescem mais cedo, então eles não são o local de festas ruidosas beber a cereja forma como são. Sua beleza é menos vistoso e espetacular do que as flores de cereja, mas sua beleza tem uma simplicidade sutil que é muitas vezes perdido no mundo moderno. Espero que vocês gostem tanto quanto estes que eu faço.
continua...
Origami (do japonês: 折り紙, de oru, "dobrar", e kami, "papel") é a arte tradicional japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la.
O origami usa apenas um pequeno número de dobras diferentes, que no entanto podem ser combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores ou estampas diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. Ao contrário da crença popular, o origami tradicional japonês, que é praticado desde o Período Edo (1603-1897), frequentemente foi menos rígido com essas convenções, permitindo até mesmo o corte do papel durante a criação do desenho, ou o uso de outras formas de papel que não a quadrada (rectangular, circular, etc.).
Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer mil origamis da garça de papel japonesa (Tsuru, "garça") teria um pedido realizado - crença esta popularizada pela história de Sadako Sasaki, vítima da bomba atômica.
História
Conforme se foram desenvolvendo métodos mais simples de criar papel, o papel foi tornando-se menos caro, e o Origami, cada vez mais uma arte popular. Ainda assim as pessoas menos abastadas se esforçavam em não desperdiçar; guardavam sempre todas as pequenas réstias de papel, e usavam-nas nos seus modelos de origami.
Durante séculos não existiram instruções para criar os modelos origami, pois eram transmitidas verbalmente de geração em geração. Esta forma de arte viria a tornar-se parte da herança cultural dos japoneses. Em 1797 foi publicado um livro (Hiden Senbazuru Orikata) contendo o primeiro conjunto de instruções origami para dobrar um pássaro sagrado do India. O Origami tornou-se uma forma de arte muito popular, conforme indica uma impressão em madeira de 1819 intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros a serem criados a partir de folhas de papel.
Em 1845 foi publicado outro livro (Kan no mado) que incluía uma coleção de aproximadamente 150 modelos Origami. Este livro introduzia o modelo do sapo, muito conhecido hoje em dia. Com esta publicação, o Origami espalha-se como atividade recreativa no Japão.
Não seriam apenas os Japoneses a dobrar o papel, mas também os Mouros, no Norte de África, que trouxeram a dobragem do papel para Espanha na sequência da invasão árabe no século VIII. Os mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas, uma vez que a religião proibia-os de criar formas animais. Da Espanha espalhar-se-ia para a América do Sul. Com as rotas comerciais terrestres, o Origami entra na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos.
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Um espaço livre do estresse, onde é possível sentir a paz, meditar e contemplar o espetáculo proporcionado pela natureza. Assim é o jardim japonês, cuja origem data do século XIV, seu surgimento está relacionado à necessidade de criar espaços especiais onde os monges zen-budistas, saídos da China para o Japão, pudessem fazer suas orações e meditações.
O jardim japonês possui um ar espiritual onde reina a harmonia e, quem entra nesta atmosfera tem a nítida impressão de estar num templo de meditação. A espiritualidade está por toda parte, seus elementos indispensáveis representam a vida, proporcionando sensações de paz e tranqüilidade.
Os jardins fornecem o equilíbrio para a mente dos japoneses que procuram a paz e a tranqüilidade, geralmente são formados por contrastes como liso e áspero, horizontal e vertical, isso porque acreditam que estes contrastes estimulam a mente a encontrar seu próprio caminho a perfeição.
Lanterna de pedra (toro) – Seu significado é a iluminação da mente de quem percorre o jardim, induzindo-nos à concentração. Os pontos de luz são estrategicamente distribuídos para não ofuscarem a visão. Todas as lanternas têm os mesmos elementos básicos: telhado grande, um compartimento aberto e três ou quatro pernas, a simplicidade fica por conta da textura rústica da pedra.
Dizem que, originalmente, elas eram usadas para iluminar as entradas dos templos para os cerimoniais do chá feito às escondidas de noite.
Lago com carpas (koi) – A água representa a vida, enquanto que as carpas são símbolo de fertilidade e prosperidade. Seu colorido adiciona movimento ao jardim, ou seja, são a representação das flores vivas – as flores não são utilizadas nos jardins japoneses, pois se transformam rapidamente. A carpa é considerado o peixe “rei do rio” e é respeitado pela sua habilidade para nadar rio acima e pela sua determinação em superar obstáculos.
Fonte (tsukubai) – Quando o elemento água não existe no jardim japonês, sua representação é feita por desenhos em pedriscos ou ainda por uma espécie de cuba com água (tsukubai), originário das cerimônias do chá, que representa o ritual simbólico de lavar as mãos para purificar-se antes da meditação no jardim.
Cascata com pedras – O centro do jardim. Além de oxigenar a água, a cascata significa a continuidade da vida. E, como a vida, ela segue um ciclo representado pela intensidade da água, ou seja, desde as ondas até um simples murmúrio de água correndo é a simbologia da mudança que ocorre em nossas vidas. O fluxo da água simboliza o nascimento, o crescimento e a morte.
As posições das pedras, geralmente em números ímpares, são uma analogia da formação do homem e a sociedade: a princípio estamos sós, depois em grupo (como pai, mãe e descendentes). A pedra colocada em posição vertical representa o pai, e na horizontal a mãe. As outras pedras simbolizam os descendentes, sendo estas distribuídas em torno do lago.
Caminho ou trilha (tobi ishi), Ponte (taiko bashi) – Uma ponte ou um caminho dentro do jardim, representa a evolução para um nível superior em termos de engrandecimento, amadurecimento e auto-conhecimento, enquanto a flexibilidade do bambu, conduz a capacidade de adaptação e mudança.
Bambu – O bambu participa freqüentemente da idéia taoísta segundo a qual se deve ceder a situações ou condições externas, para melhor triunfarmos na vida. Seus galhos são amarrados de forma que a planta cresça se curvando para o lago, como em reverência e respeito àquele que aprecia o jardim. É a imagem do bambu, que resiste a verga sob o rancor da tempestade, para em seguida voltar e erguer-se e aparecer novamente em todo seu esplendor. A eles são amarrados também sinos do vento e os macacos de cerâmica que trazem o som da natureza e a felicidade.
Plantas e arbustos – Os arbustos com formatos (topiaria) garantem um efeito de escultura ao jardim e, para a cultura japonesa o paisagismo é uma das formas mais elevadas de arte, pois consegue expressar a essência da natureza em um limitado espaço.
Como cada elemento do jardim japonês tem seu significado, as flores não são usadas – vide item sobre as carpas – chegaram até mesmo a ser consideradas sinais de frivolidade devido a sua rápida transformação. Enquanto isso, as árvores e arbustos representam o silêncio e a eternidade. As mais utilizadas são a sakura (flor de cerejeira), o momiji (acer) e a sazanka (camélias).
A flor de cerejeira tem um significado especial: é conhecida como a flor da felicidade. A sua floração é comemorada no Hanami, nos meses de março e abril. É o momento de sair da introspecção do inverno e se abrir para o mundo, florescer o espírito e festejar.
Ao contrário do festejo e da alegria que o Hanami proporciona – o florescimento do sakura – a visão da queda das folhas do momiji, acer vermelho, revela um aspecto melancólico e reflexivo da personalidade japonesa. Para eles apreciar as cores da queda é tão importante quanto as do florescimento.
Tais princípios, aqui relacionados, nos ajudam a compreender melhor os aspectos de um jardim japonês. Obviamente não querem dizer uma só coisa, pois podem ter significados correlativos ao mesmo tempo. Um princípio está ligado a outro, o sentido se faz através do conjunto: assimetria, maturidade, simplicidade, naturalidade, sugestivo, transcendência do convencional e serenidade, estas são as bases que norteiam os projetos dos jardins japoneses, não esquecendo, é claro, do eterno e espírito.
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Ikebana (em português quer dizer: "flores vivas") é a arte japonesa de criar "arranjos de flores", os arranjos de flores Ikebana, podem ser feitos com flores, folhas, galhos, frutos e plantas secas. Com uma tradição de mais de 500 anos a arte de Ikebana, também conhecida como Kado ("Caminho das Flores"), traz um grande equilíbrio de espírito para quem a pratica e admiração para quem recebe.
Ikebana é uma arte floral que originou na Índia onde os arranjos eram destinados a Buda, e personalizada na cultura nipônica, pela qual é mais conhecida. Em contraste com a forma decorativa de arranjos florais que prevalece nos países ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção linear, ritmo e cor. Enquanto que os ocidentais tendem a pôr ênfase na quantidade e colorido das cores, dedicando a maior parte da sua atenção à beleza das corolas, os japoneses enfatizam os aspectos lineares do arranjo. A arte foi desenvolvida de modo a incluir o vaso, caules, folhas e ramos, além das flores. A estrutura de um arranjo floral japonês está baseada em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade, embora outras estruturas sejam adaptadas em função do estilo e da Escola.
Você acha que fazer arranjos florais é coisa de mulher? Se pensar assim, você não sabe que a Ikebana era usada para desenvolver as habilidades de observação, concentração e sensibilidade no manejo de armas pelos guerreiros mais temíveis que já existiram: os samurais.
A arte do Ikebana começou com um costume budista que se originou na Índia e depois foi levado para o Japão. Por lá, tornou-se uma verdadeira arte mística e assumiu as proporções de importância na decoração, na cultura e no modo de vida japonês que trouxeram essa arte até os nossos dias e nossos lares. E pensar que tudo começou numa certa cerimônia do chá por volta do ano 607 D.C.; durante uma missão diplomática chinesa.
Oito séculos depois, a arte do Ikebana deixou de ter um cunho especificamente religioso e passou a ser adotada também como forma de decoração e de arte propriamente dita - aproveitando o significado das flores e cores para formar arranjos que pudessem transcrever com sutileza mensagens e ideais. Surgiram os grandes mestres que cunharam estilos diferenciados e que escreveram seus nomes na história do Japão e do mundo da ornamentação.
Para que se tenha a ideia da importância que a arte do Ikebana tem, basta dizer que só no Brasil existem cerca de dezesseis escolas que ensinam a arte. Quase todas com estilos diferentes e vinculadas à Associação Ikebana do Brasil. Os praticantes, hoje, resgataram os aspectos místicos e espirituais do Ikebana e buscam com a sua prática um contato mais profundo com a natureza.
Os estilos ensinados são o Ikenobo (o mais antigo). Seu aparecimento data de quase quinhentos anos na cidade de Kioto. Surgiu da mente e das mãos do grande mestre Senkei Ikenobo. São arranjos de flores devotados aos deuses e aos antepassados, normalmente compostos por galhos que saem do vaso simetricamente e recriam um conjunto de paisagens, o chamado Rikka.
O estilo Sogetsu é um dos mais recentes. Sua criadora foi Sofu Teshigahara. Usa todo tipo de material (mesmo produtos artificiais como plástico e sintéticos). A princesa Diana e a mulher de Gandhi eram adeptas da escola Sogetsu de Ikebana.
O estilo Ohara nasceu durante a abertura do Japão para o ocidente (o período Meiji de 1867 a 1912). Seu criador, Unshin Ohara tentou ser escultor em Osaka. Mas sua saúde frágil acabou dando ao mundo um dos mestres notáveis do Ikebana. Sua primeira peça (que inaugurava o formato conhecido como Moribana) chocou os mestres da época porque fugia do tradicional e, segundo eles, se assemelhava à madeira empilhada.
A arte do Ikebana é tão popular no Japão e no mundo que nos dias atuais existem mais de três mil escolas que a ensinam no mundo e mais de quinze milhões de praticantes. Cada estilo segue um conjunto determinado de regras e de técnicas na hora de elaborar um arranjo floral. Alguns simples e delicados outros tremendamente complexos e trabalhosos, cada um deles no íntimo, querem nada mais nada menos que traduzir em formas, cores e sensações a maneira como o ser humano encara sua vida, a natureza a sua volta e sua interação com o divino e o transcendental.
Cultura Ikebana
A arte do arranjo floral teve como origem a oferenda de flores aos deuses, dando ênfase ao uso de materiais e formas em seu estado natural. Somente no século 14 que o tatehana (colocar a flor em pé no altar budista) de cunho apenas religioso incorporou também o cunho estético e se desenvolvem as técnicas para os arranjos florais.
O Rikka, considerado o fundamento do ikebana, foi o primeiro estilo a ser consolidado como tal: colocado em posição vertical, os galhos saem do vaso como suporte para recriar o conjunto da paisagem. Do Rikka (composição a partir de sete ou nove partes básicas) originou o Shokka, que a partir de seus três elementos (shin, soe, tai) foram criadas as bases do Nagueire e do Moribana.
No estilo Moribana (literalmente, flores empilhadas), de acordo com o livro "Ikebana, Arte e Criação no Estilo Ikenobo", das professoras Kimiko Abe e Tokuko Kawamura (editado em 1993 pela Aliança Cultural Brasil-Japão), arranjam-se as flores e galhos como se estivesse empilhando-os. Tanto neste estilo como no Shokka, as formas básicas são determinadas por galhos com funções preestabelecidas. Os três elementos, shin, soe e tai, formam um triângulo, tendo cada um a sua função primordial: shin é o galho principal e determina a forma geral do arranjo. Soe tem a função de apoiar o shin, e o tai estabelece a harmonia e o equilíbrio entre o shin e soe. O arranjo do Shokka, na maioria das vezes, resulta no formato de meia-lua e considera o galho shin como representativo do homem, soe do céu e tai da terra.
No Nagueire, explicam as professoras, a forma básica é caracterizada pela inclinação dos galhos e flores arranjados em vasos fundos, jarras ou pontes alongados. Enquanto no Moribana, os galhos possuem funções preestabelecidas, no Nagueire, eles devem proporcionar harmonia entre as plantas e o vaso.
A partir de 1900, com as transformações no estilo de vida dos japoneses, a criação artística do ikebana também libertou-se das formas até então consagradas (vamos chamar de Ikebana Clássica). Principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, com o movimento Guendai-ka (Ikebana Moderna), foram incorporados novos materiais aos arranjos, deixando de se limitar aos vegetais.
Associação de Ikebana do Brasil - Rua São Joaquim, 381 - 3º andar - Liberdade - 01508-001 - São Paulo - tel.: (11) 5584-7348 (presidente, Emília Tanaka) ou (11) 3208-1755 (recados na secretaria da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa - Bunkyo), de 2a a 6a, das 8h30 às 17h30. Fundada em 1962, a associação congrega 14 estilos existentes no Brasil. Realiza exposição anual de ikebana, com local e data móveis, e exposições especiais em datas festivas. Exposição permanente no Metrô Liberdade e recintos do Bunkyo. Ministra aulas no Centro de Estudos Japoneses na USP, onde aceita alunos não universitários. Promove palestras. Em 2002, editou o livro "História de 40 anos da Associação de Ikebana do Brasil" e em prelo o livro "Michi", edição em parceria com o Centro de Chado Urasenke do Brasil.
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Otaku é um termo usado no Japão para designar um fã por um determinado assunto, qualquer que seja. No imaginário japonês, a maioria dos otakus são indivíduos que se atiram de forma obsessiva a um hobby qualquer. No ocidente, a palavra é utilizada como uma gíria para rotular fãs de animes e mangás em geral, em uma clara mudança de sentido em relação ao idioma de origem do termo. Muitos membros da comunidade acham o termo ofensivo por não concordarem com a distorção de sentido do mesmo e se recusam a ser chamados assim. O termo é normalmente utilizado apenas dentro da comunidade de fãs de animês e mangás e de falantes do idioma japonês, sendo portanto desconhecido para o grande público.
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Anime, animê (português brasileiro) ou animé (português europeu), literalmente, desenho(s) animado(s) é qualquer animação produzida no Japão. A palavra anime tem significados diferentes para os japoneses e para os ocidentais. Para os japoneses, anime é tudo o que seja desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho animado que venha do Japão. A origem da palavra é controversa, podendo vir da palavra inglesa animation ("animação") ou da palavra francesa animée ("animado"), versão defendida por pesquisadores como Frederik L Schodt e Alfons Moliné. Ao contrário do que muitos pensam, o animê não é um género, mas um meio, e no Japão produzem-se filmes animados com conteúdos variados, dentro de todos os géneros possíveis e imagináveis (comédia, terror, drama, ficção científica, etc.).
Uma boa parte dos animes possui sua versão em mangá, os quadrinhos japoneses. Os animes e os mangás se destacam principalmente por seus olhos geralmente muito grandes, muito bem definidos, redondos ou rasgados, cheios de brilho e muitas vezes com cores chamativas, para que, desta forma, possam conferir mais emoção aos seus personagens. Animes podem ter o formato de séries para a televisão, filmes ou OVAs.
Com a ocupação dos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial, muitos artistas japoneses tiveram contato com a cultura ocidental e, influenciados pela cultura pop dos Estados Unidos, desenhistas em início de carreira começaram a conhecer os quadrinhos e desenhos animados na sua forma moderna. Havia negociantes que contrabandeavam rolos de filmes americanos, desenhos da Disney e outros.
Entre os principais artistas que se envolveram com a tal arte, estavam Osamu Tezuka, Shotaro Ishinomori e Leiji Matsumoto. Estes três jovens, mais tarde, foram consagrados no mercado de mangá. Na década de 1950, influenciados pela mídia que vinha do Ocidente, diversos artistas e estúdios começaram a desenvolver projetos de animação experimental.
Na época em que o mangá reinava como mídia nasceram os pioneiros animes de sucesso: Hakujaden (A Lenda da Serpente Branca) estreou em 22 de outubro de 1958, primeira produção lançada em circuito comercial da Toei Animation, divisão de animação da Toei Company e Manga Calendar, o primeiro animê especialmente feito para televisão, veiculado pela emissora TBS com produção do estúdio Otogi em 25 de junho de 1962, que teve duração de dois anos.
Logo em seguida, em 1 de janeiro de 1963, foi lançado Astro Boy, baseado no mangá de Osamu Tezuka, já com a estética de personagens de olhos grandes e cabelos espetados vinda da versão impressa. Astro Boy acabou tornando-se o propulsor da maior indústria de animação do mundo, conquistando também o público dos Estados Unidos. Tezuka era um ídolo no Japão e sua popularidade lhe proporcionou recursos para investir em sua própria produtora, a Mushi Productions. Outras produtoras investiram nesse novo setor e nasceram clássicos do anime como Oitavo Homem (Eight Man), Super Dínamo (Paa Man), mas ainda com precariedade e contando com poucos recursos, diferente das animações americanas.
Em 1967, surgiram quatro filmes e catorze séries animadas no Japão, entre elas A Princesa e o Cavaleiro, Fantomas e Speed Racer, o primeiro com grande projeção internacional
Animês infantis, infanto-juvenis femininos e sobre robôs gigantes acompanharam o crescimento do número de séries semanais durante a década de 1970[4]. Na época, a Tatsunoko Production, criadora de Speed Racer, lançou um título de sucesso chamado Gatchaman (no Ocidente, Battle of the Planets).