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Sejam bem vindos ao novo blog da autoria do Blog do Shimatani Iki. Japanese Flower. Flor Japonesa - Estilo Japonês, aqui você encontra os melhores posts, estilos, textos, curiosidade e linguagem sobre a cultura japonesa... Forma escrita, fala e lida, todas as informações sobre estilos moda e diversão... Boa leitura.

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22:01

Máscaras japonesas

O fascínio que a máscara exerce sobre o homem, relacionado à intenção de fortalecer, iludir ou transfigurar a identidade, fez dela objeto de arte ou devoção de muitas culturas. Em algumas sociedades acha-se ligada a ritos e práticas religiosas.

 
  
Máscara é um objeto com que se dissimula o rosto, a cabeça ou, mais raramente, o corpo, e que se confecciona com materiais como barro, pedra, palha, papel, pano, metal, madeira etc.
Mostram-se de importância excepcional as máscaras do teatro japonês e javanês clássicos, impregnadas de significados mágicos de origem remota. 

 

No teatro nô japonês, os caracteres dos personagens, isto é, suas máscaras, são mais importantes que o recitativo, embora nesse caso o texto tenha grande importância. A máscara nô é parte integrante da evocação e tradução de diversos caracteres e empresta formas inalteráveis aos sentimentos e às emoções. 

O nô possui 125 tipos diferentes de máscaras para diferençar, dentro de uma simbologia inalterada ao longo dos séculos, anciãos, deuses, demônios e espíritos.

Aqui alguns tipos de Mácasra de Nô

19:03

Máscaras do Nô

Fantasmas e Espíritos (Onryo)


Este é o tipo que retrata encarnações de espíritos e pessoas mortas. Eles incluem fantasmas do sexo masculino como Ayakashi, Yase-otoko e Ikkaku-sennin, e femininos como Yamanba e Deigan. Geralmente representam a vingança, esses espíritos são venerados como Deus, sob a crença de que, quando uma pessoa morre, a alma se torna um Deus. É Normal vermos tatuagens orientais com máscaras vejam oque elas significam:

Hannya (般若)  
 
 
A expressão desta máscara é uma fusão de ciúme, tristeza e dor incontrolável de uma mulher. Ela tem uma aparência demoníaca com dois chifres, uma larga boca e a sobrancelha rígida. A palavra Hannya vem do sânscrito, onde seu significado de nada ter a ver com o Demônio japonês.
Trata-se de uma virtude atribuída a Buda: A Sabedoria. Existe até uma oração, a Hannya Shingô. Como amuleto, funciona espantando maus espíritos.


 
Hiragata-hannya (平型般若)



Foi criada na era Kamakura (1192-1333) no qual muitas máscaras foram criadas. Ele tem uma primitiva, desequilibrada e antiquada face plana faltando elaboração, ao mesmo tempo, a Hannya normal tem uma forma triangular com extrema sofisticação. Diz-se que esta mascara foi a origem de Hannya.




Yamanba (山姥) 

 
 A palavra Yamanba, bruxa ou montanha, lembra a de uma velha mulher louca em contos de fadas, vivendo em uma montanha com uma foice na mão, e sua vida, em carne humana. No entanto, no Yamanba do teatro Nô, ela representa um bom duende que vive em uma montanha. A máscara de Yamanba simboliza uma montanha ninfa.





Kawazu (河津/蛙) 

  
Uma máscara chamada Yase-otoko, que retrata um fantasma de um homem morto assombrando este mundo depois que ele foi condenado por matar violentamente. Kawazu é uma deformação do Yase-otoko, tem bochechas ocas e olhos vagos. Também tem cabelos molhados escorridos, que acentua a sua fraqueza e miséria, tornando a platéia se sentir mais tristeza e sofrimento.




Yase-onna (痩女)



Ryō-no-onna é um tipo de máscara que retrata uma mulher com ciúme e rancor, que não poderia ir ao Nirvana e se tornou um fantasma. Yase-onna é uma das variações do Ryō-no-onna. Yase-onna tem um olhar humano, com os olhos vagos e bochechas ocas salientando a fraqueza da mulher e à miséria.





Ayakashi (怪士)

  

A máscara é usada para o fantasma de um comandante militar que morreu com um forte rancor. É considerada uma obra-prima, uma vez que descreve tanto a dignidade quanto seu coração. Ele tem olhos oblíquos de anéis de metal brilhante, significando que o personagem tem um caráter e uma forte vontade contra este mundo.




Yase-otoko (痩男)

A máscara retrata o desespero de um homem que sofria de muitas coisas. Ela tem pele pálida e medonha, e um fino bigode e sobrancelhas. A boca é quase fechada. Os olhos, porém, têm anéis de metal brilhante, significando que a personagem é alienado ao seres humanos, e tinta vermelha ao redor, fazendo você sentir um profundo rancor. Na época Muromachi (1336-1573), um confeccionador de máscaras chamado Himi, foi bom em fazer máscaras com uma sombra da morte em seu rosto, como Yase-otoko. 


Ryūnyo (竜女)

Esta máscara é usada na história de uma mulher mergulhadora; na história, o mergulhador tenta reconquistar uma jóia roubada a partir do Palácio do Rei Dragão, para que seu filho tenha sucesso na vida. A fim de proteger a jóia dos dragões e tubarões na sua fuga, ela própria abre seu peito com um punhal, e coloca a jóia em seu corpo. Esta máscara é usada na cena em que a mergulhadora dança depois que ela se transforma em um dragão do sexo feminino e é levada para Nirvana. A máscara retrata a vontade da mãe que ama seu filho. O cabelo traçado em sua testa retrata um dragão fêmea que só apareceu a partir do mar.

Ja (蛇)

 A lenda conta que as mulheres transformam-se em serpentes se elas sentem raiva extrema ou muito rancor. A máscara tem uma aparência muito mais brutal do que Hannya, mostrando um assustador rosto com sua boca bem ampla e aberta. O ouro na cor dos olhos e dos dentes significa que o personagem é alienado aos seres humanos, e o vermelho escuro na face, nos faz sentir tumultuosas paixões nunca realizadas. Por outro lado, podemos encontrar a intenção de deixar uma imagem de uma mulher branca na testa.

Namanari (生成)

Esta máscara retrata uma aparição de uma mulher que vive cheia de raiva e rancor depois de ser abandonada pelo marido. Ela habilmente descreve o estado da mulher repleto de emoção. Ela tem pequenos chifres na cabeça e uma ampla boca, e pode ser considerada como uma fase preliminar de se tornar um demônio, que é representado por Hannya. O ouro nos olhos e os dentes distinguem o ser desumano. Por outro lado, tem sobrancelhas na testa, o que nos lembra de uma mulher humana. A máscara é feroz, mas tem um olhar um pouco miserável.

16:41

Haikai

Haikai (em japonês: 俳句 Haiku ou Haicai) é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Os poemas têm três linhas, contendo na primeira e na última cinco caracteres japoneses (totalizando sempre cinco sílabas), e sete caracteres na segunda linha (sete sílabas).

Tipo de Haicai tradução:
Junco ressequido –
Gelado ao sol da manhã
O vulto do peixe.


Em japonês, haiku são tradicionalmente impressos em uma única linha vertical, enquanto haiku em Língua Portuguesa geralmente aparecem em três linhas, em paralelo. Muitas vezes, há uma pintura a acompanhar o haicai (ela é chamada de haiga). "Haijin" é o nome que se dá aos escritores desse tipo de poema, e principal haijin (ou haicaísta), dentre os muitos que destacaram-se nessa arte, foi Matsuô Bashô (1644-1694), que se dedicou a fazer do haikai uma prática espiritual.

Segundo Mr.Hoigays (1988), o primeiro autor brasileiro de Haicai foi Afrânio Peixoto, em 1919, através de seu livro Trovas Populares Brasileiras, onde prefaciou suas impressões a respeito do poema japonês:

    “Os japoneses possuem uma forma elementar de arte, mais simples ainda que a nossa trova popular: é o haikai, palavra que nós ocidentais não sabemos traduzir senão com ênfase, é o epigrama lírico. São tercetos breves, versos de cinco, sete e cinco pés, ao todo dezessete sílabas. Nesses moldes vazam, entretanto, emoções, imagens, comparações, sugestões, suspiros, desejos, sonhos... de encanto intraduzível”.

Quem o popularizou, porém, foi Guilherme de Almeida, com sua própria interpretação da rígida estrutura de métrica, rimas e título. No esquema proposto por Almeida, o primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo verso possui uma rima interna (A 2ª sílaba rima com a 7ª sílaba). A forma de haikai de Guilherme de Almeida ainda tem muitos praticantes no Brasil.



Outra corrente do haikai brasileiro é a tradicionalista, promovida inicialmente por imigrantes ou descendentes de imigrantes japoneses, como H. Masuda Goga e Teruko Oda. Esta corrente define haikai como um poema escrito em linguagem simples, sem rima, estruturado em três versos que somem dezessete sílabas poéticas; cinco sílabas no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro. Além disso, o haikai tradicional deve conter sempre uma kigo. Estas são palavras ou frases, utilizadas na poesia japonesa, que têm uma associação com uma estação do ano. (Ex.: "sakura", "flor de cerejeira", é associada à Primavera).

Como fonte nipônica do ainda haiku, em sua forma original, GOGA atribui aos imigrantes japoneses, que começa com a chegada do navio Kasato Maru ao porto de Santos em 18 de junho de 1908. Nele estava Shuhei Uetsuka (1876-1935), um bom poeta de haiku, conhecido como Hyôkotsu. Consta ter sido a sua primeira produção, momentos antes de chegar ao porto de Santos, o seguinte haiku:

    A nau imigrante
    chegando: vê-se lá do alto
    a cascata seca.

Foi na década de 1930 que aconteceu o intercâmbio e difusão do haiku entre haicaístas japoneses e brasileiros, constituindo-se, assim, outro caminho do haikai no Brasil. Foi naquela década também que apareceu a mais antiga coletânea de haikais chamada simplesmente Haikais, de Siqueira Júnior, publicada em 1933. Guilherme de Almeida, no ano anterior, havia publicado Poesia Vária, mas o livro não era exclusivamente de haikais. Fanny Luíza Dupré foi a primeira mulher a publicar um livro de haikais, em fevereiro de 1949, intitulado Pétalas ao Vento – Haicais. As rotas do haikai no Brasil podem ser resumidas cronologicamente da seguinte forma:

    Em 1879, através do livro Da França ao Japão, de Francisco Antônio Almeida.
    Em 1908, através da chegada dos imigrantes japoneses ao porto de Santos.
    Em 1919, através do livro Trovas Populares Brasileiras de Afrânio Peixoto.
    Em 1926, através do cultivo e difusão do haiku dentro da colônia por Keiseki e Nenpuku.
    Na década de 1930, através do intercâmbio entre haicaístas japoneses e brasileiros, principalmente pelo próprio H. Masuda Goga.

Com a ambientação e a difusão do haiku em língua portuguesa, algumas correntes de opinião sobre este se formaram:

    A corrente dos defensores do conteúdo do haiku;
    A corrente dos que atribuem importância à forma;
    A corrente dos admiradores da importância do kigo.

Os defensores do conteúdo do haiku são aqueles que consideram algumas características do poema peculiares, como a concisão, a condensação, a intuição e a emoção, que estão ligadas ao zen-budismo. Oldegar Vieira é um haicaísta que aderiu a essa corrente.
Forma teikei de obra de Shimatani Iki 
A Gueixa -
A multidão vê no palco 
sobre flores a gueixa encena, kabuki atento,
a linda forma de conhecimento.

Os que consideram a forma (teikei) a mais importante seguem a regra das 17 sílabas poéticas (5-7-5). Guilherme de Almeida não só aderiu a essa corrente como criou uma forma peculiar de compor os seus poemas chamados de haikais “guilherminos”. Abaixo, a explicação da forma conforme o gráfico que o próprio Guilherme elaborou:

_______________ X
___ O ______________ O
_______________ X

Além de rimar o primeiro verso com o terceiro e a segunda sílaba com a sétima do segundo verso, Guilherme dava título aos seus haikais. Exemplo (GOGA, 1988, p. 49):

Histórias de algumas vidas


    Noite. Um silvo no ar,
    Ninguém na estação. E o trem
    passa sem parar.

Os admiradores da importância do kigo respeitam em seus haikais o termo ou palavra que indique a estação do ano. Jorge Fonseca Júnior é um deles. Apesar de existirem essas distinções retratadas aqui como correntes, nomes como os de Afrânio Peixoto, Millôr Fernandes, Guilherme de Almeida, Waldomiro Siqueira Júnior, Jorge Fonseca Júnior, José Maurício Mazzucco, Wenceslau de Moraes, Oldegar Vieira, Abel Pereira e Fanny Luíza Dupré são importantes na história do haikai no Brasil.

Arakida Moritake (1473-1549) Tradução:
Uma flor que cai -
Ao vê-la tornar ao galho,
Uma borboleta!

Infelizmente, nesse emaranhado de boas intenções, críticas e dúvidas, o plágio ou a cópia total de idéias pode realmente estar presente. Pode ser que uma secreta desconfiança tome conta de nós e que casualidades não nos convençam de imediato, a não ser quando é o nosso haicai que foi escrito por outro autor.

Fonte de Estudo: Wikipédia

15:34

Kabuki

Kabuki (em japonês: 歌舞伎),arte popular, o teatro no Japão, conhecida pelo seu estilo de maquiagem em seus personagens. O significado de cada palavra demonstra sua arte, a ideologia é o modo de cantar (Ka, 歌) a dança (Bu, 舞) e a habilidade (Ki, 伎), e é às vezes por isso que a palavra Kabuki tem o significado "a arte de cantar e dançar" .



A fundadora do teatro Kabuki, Izumo no Okuni, 
segurando uma espada katana e portando uma cruz cristã.

Esses ideogramas, entretanto, são o que se chama de ateji (ideogramas usados apenas com sentido fonético) e não refletem a etimologia mesma da palavra. Acredita-se, de fato, que kabuki derive do verbo kabuku, significando aproximadamente “ser fora do comum”, donde se depreende o sentido de teatro de “vanguarda” ou teatro “bizarro”.

Sua origem remonta ao início do século XVII, quando se parodiavam temas religiosos com danças de ousada sensualidade. No ano de 1629, esse tipo de teatro foi proibido pelo governo. O espetáculo passou a ser encenado então por rapazes que se travestiam de mulher. Contemporaneamente, o teatro kabuki se tornou um espetáculo popular que combina realismo e formalismo, música e dança, mímica, encenação e figurinos, implicando numa constante integração entre os atores e a platéia.

Encenação kabuki, (cerca de 1860)

A história do kabuki começou em 1603, quando Okuni, uma miko (jovem serviçal dos santuários xintoístas) do santuário (taisha) Izumo, passou a executar um novo estilo de dança dramática em Kyoto. Atrizes representavam papéis tanto masculinos quanto femininos em encenações cômicas sobre a vida cotidiana. O estilo conquistou popularidade instantânea; Okuni foi inclusive convidada para se apresentar na Corte Imperial. No despertar de tal sucesso, trupes rivais se formaram rapidamente e o kabuki nasceu como uma dança dramática de conjunto executada por mulheres, uma forma muito diferente de sua representação moderna. Muito do seu apelo era devido às sensuais e sugestivas performances; assim muitas eram disponíveis para os membros da platéia que pudessem pagar.
Durante a era Genroku o kabuki floresceu. A estrutura das peças kabuki foi formalizada nesse período, assim como muitos elementos de estilização. Os tipos convencionais de personagens foram determinados. O teatro kabuki e o ningyô jôruri - forma elaborada de teatro de bonecos que veio a ser conhecida mais tarde como [[bunraku]] - tornaram-se estreitamente associados um com o outro nessa época e desde então têm-se influenciado mutuamente em seus desenvolvimentos. O famoso dramaturgo Chikamatsu Monzaemon, um dos primeiros a escrever textos dramáticos de kabuki profissionalmente, produziu muitos trabalhos influentes, embora a peça tida como mais significativa de sua obra, Sonezaki Shinju (Os suicídios de amor em Sonezaki), tenha sido originalmente escrita para bunraku. Como muitas outras peças de bunraku, entretanto, essa foi adaptada para kabuki e inspirou muitos “imitadores”: de fato, conta-se que essa e outras peças similares causaram tantos casos reais de suicídio copiados do drama, que o governo proibiu as shinju mono (peças sobre suicídio duplo de amantes - aliás, curiosa semelhança com Romeu e Julieta) em 1723. Ichikawa Danjuro nono também viveu nessa época. A ele se atribui o desenvolvimento das poses mie e da maquiagem kumadori, que simulava máscaras. Em meados do século XVIII o kabuki perdeu temporariamente a preferência do público das classes mais baixas em favor do bunraku. Isso aconteceu em parte por causa da emergência de muitos bons dramaturgos de bunraku na época.. Nada digno de nota aconteceu no desenvolvimento do kabuki, até o fim do século, quando a forma voltou a emergir.

As grandes mudanças culturais começaram em 1868, com queda do xogunato Tokugawa. A supressão da classe dos samurais e a abertura do Japão para o ocidente ajudaram a ativar esse resflorescimento. Como a cultura lutava para se adaptar à nova situação de não-isolamento, os atores batalharam para elevar a reputação do kabuki entre as classes mais altas e para adaptar os estilos tradicionais aos novos gostos. Muitas casas de kabuki foram destruídas por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial e as forças de ocupação baniram as apresentações de kabuki por um breve período depois da guerra. Em 1947, no entanto, a proibição já havia sido revogada e as apresentações recomeçaram.

No Japão moderno, o kabuki continua relativamente em voga. É o mais popular dos estilos tradicionais de drama japonês. Seus atores mais famosos fazem também papéis na TV e no cinema. Por exemplo, Bando Tamasaburo V, um onnagata bem conhecido, apareceu em diversas peças (não de kabuki) e filmes, geralmente em papéis femininos. Algumas trupes de kabuki usam atualmente atrizes nos papéis de onnagata. O Ichikawa Kabuki-za, por exemplo, é uma trupe só de mulheres formada depois da Segunda Guerra. Em 2003 uma estátua de Okuni foi construída perto de Kyoto, onde ocorreu em 24 de novembro de 2005, a ‘Terceira Proclamação das Obras-Primas da Herança Oral e Intangível da Humanidade’ da UNESCO.

 
Encenação de Kabuki no teatro pouplar atual

Hanamichi (lit. "caminho florido") é uma seção extra usada no palco do kabuki. Consiste numa plataforma comprida e elevada, à esquerda do centro, que leva do fundo do teatro, pelo meio da platéia, até o palco principal. Geralmente é usada para entrada e saída de personagens, embora possa também servir para solilóquios e cenas paralelas à ação principal. O hanamichi foi usado pela primeira vez em 1668 no Kawarazakiza, na forma de um palanque de madeira simples, que não era usado na encenação mas que permitia que os atores fossem até a platéia para receber flores. O estilo moderno de hanamichi, às vezes chamado honhanamichi (“caminho das flores principal”), tem dimensões padronizadas e foi concebido originalmente em 1740. Alguns teatros começaram a fazer uso de um hanamichi secundário, no lado direito da platéia, com metade da largura do honhanamichi à esquerda. Embora seja raramente usado para as ações principais de uma peça, muitos dos mais dramáticos ou famosos momentos dos personagens ocorrem durante as entradas ou saídas pelo hanamichi, e uma vez que ele atravessa a platéia, isso proporciona ao espectador uma experiência mais íntima do que a que normalmente ocorre em outras formas de teatro tradicional. Os palcos e teatros de kabuki tornaram-se mais tecnologicamente sofisticados. Inovações como palco giratório e cortinas, introduzidas no século XVIII, incrementaram bastante a cenografia dos espetáculos de kabuki.

No kabuki, como em alguns outros gêneros de artes cênicas japonesas, as trocas de cenário são feitas no meio da cena, com os atores no palco e as cortinas abertas. Contra-regras correm pelo palco colocando e tirando as peças de cenário; esses contra-regras, conhecidos como kuroko, vestem-se sempre de preto e são tradicionalmente considerados “invisíveis”.

Homem se estlizando para o Kabuki.

Há três categorias principais de peças kabuki: jidai-mono (peças “históricas” ou anteriores ao período Sengoku) , sewa-mono (“domésticas” ou pós-Sengoku) e shosagoto (peças de dança). São características importantes do kabuki: Os mie e a maquiagem. Os mie são poses pitorescas que o ator sustenta para compor seu personagem. Mie significa ‘aparência’ ou ‘visível’, em japonês. É um momento em que o ator pára congelado numa pose. O propósito é expressar o auge das emoções de um personagem. Os olhos do ator se abrem o máximo possível; se o personagem tiver que parecer agitado ou nervoso o ator chega a ficar zarolho. A maquiagem (ou keshô) é um elemento do estilo facilmente reconhecível, mesmo por quem não está familiarizado com esta forma de arte. O pó-de-arroz é usado para criar a base branca oshiroi. O kumadori acentua ou exagera as linhas faciais para produzir as máscaras dramáticas usadas pelos atores, de expressões sobrenaturais ou animalescas.

Fonte de Estudo: Wikipédia e Cultura Japonesa